5.9.11

Quanta (in)diferença!


"O homem nasceu livre
e por toda a parte
vive acorrentado."
 Jean Jacques Rousseau




Sei não, mas nessas coisas de paixão acho tudo muito complicado... e não entendo nada meeeesmo! Não sei jogar o tal "jogo da sedução", pra ser sincera nem tenho muito interesse.

O que acredito é que as pessoas deveriam ser relacionar pra ficarem numa boa, que o outro trouxesse leveza à vida de quem ele quer bem, lógico que dentro do possível, somos humanos e nem sempre estamos bem com nós mesmos, é natural que isso também se reflita nas relações pessoais, mas o que eu percebo é a intenção descarada em complicar o negócio, deixar tudo confuso mesmo.

Uma amiga me disse hoje que ficou com um cara e foi bem legal, eu, que sou toda alcoviteira, fui logo perguntando: "E aeeeeee?" Ela, bem despreocupada, me disse: "Nada! Não posso deixar que ele perceba que estou afim dele..."
Que porcaria de vida é essa em que você tá apaixonada, arriada os quatros pneus + step, e tem que fazer de conta que não gostou?!?!?!

De outra vez foi com um amigo... essa é a pior... ele tava todo empolgado, encheu meus ouvidos falando de uma menina, todo apaixonado e tals, a menina parecia nem saber da existência do rapaz! Eu, do alto da minha inexperiência com as coisas do coração fui logo falando pra ele chegar junto e se declarar... Deu certo, ele não sabia mas a menina, que fingia nem saber da existência de meu amigo, era encantada com ele, apaixonadinha!

Resultado? Em um mês ele tava desesperado pra se ver livre da garota! Perguntei se ela era muito diferente do que ele esperava, eu não sabia, mas eles se conheciam há tempos, ele disse que ela continuava perfeita, só que a relação perdeu a graça porque foi muito "fácil" conquistá-la(!).

Pára tudo, não entendo mais nada, quero descer desse bonde!
Depois vem todo mundo reclamar (e logo pra mim!) que tá sozinho... eu hein! Não tenho nada à ver com isso, aliás detesto gente "difícil", pense num defeito!

Então eu confesso: Não dá pra mim mesmo!
Sabe aquela história de sermos de planetas diferentes? Pois é. Há uma distância tão grande entre as pessoas, uma dificuldade maluca em se relacionarem. São cobranças, ciúmes, medos, um monte de paranoias que não fazem muito sentido e afetam as relações pessoais.

Se somos tão diferentes e estamos tão distantes eu não faria a menor questão de viver na "ponte aérea", contanto que o outro também estivesse nessa de viver e ficar numa boa, ser feliz, encontrar um colinho e um cafuné, sem sentimento de posse, só desejo e carinho!

Pelo que entendi não é assim que a banda toca, nas andanças que fiz, parece que é meio assim: quem quer, finje que não quer, pra fazer o outro querer também. Pelo jeito essa é a regra de ouro das relações pessoais, vejo o padrão de comportamento se repetir tanto antes da relação começar (na fase da paquera) quanto depois (quando já estão juntos).

Tô fora!
Ser humano é bicho muito doido, viu?!



8 comentários:

  1. concordo contigo, visse. cu doce nao rola comigo nao. :P

    boa sorte no blog! beijo

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    2. Também detesto Bruno! Obrigada, tb tenho acompanhado os seus trabalhos e tenho gostado muito! Beijão

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  2. Oi, Cilla!

    Eu concordo com o seu texto, mas devo confessar que as vezes acho que somos tããão bitolodos com "o que todo mundo pensa" que acabamos ficando com MEDO - de perder, de pensarem algo que não condiz com a verdade, de se chatear, de se amargurar, de não ser conquistada, de não ser um "desafio"... E aí tudo vira uma competição e o amor acaba virando um jogo que muitas vezes os dois lados jogam (isso que é o pior!) e o orgulho REINA. Lendo seu texto, lembrei de um texto MARAVILHOSO que li no mês passado, na revista Época... Vou deixar o link aqui para você, mas olha só o título: "O Amor bom é facinho", http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI244764-15230,00.html

    Beijos, obrigada pela visita no Avante7 - fiquei emocionada com o seu comentário. <3

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    1. Que bom que vc gostou, tb achei seu texto muito lindo, gostoso de se ler, parabéns!

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  3. Que texto massa Cila. Concordo e confesso que tbm não sou a favor desses joguinhos de seduçao não. Prefiro é ser trasnparente no que sinto. Mas digo tbm que infelismente o MEDO atrapalha muito a felicidade das pessoas e por isso, talvez existam os joguinhos, ainda que como algo incosciente. Fazer o quê? Nós, humanos complicamos muito a vida. :)

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    1. É verdade Roberta... a vida seria bem melhor se fosse mais simples!

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