8.11.14

Súplica


Naquele vale de lágrimas,
onde solidão e insulto
são recorrentes respostas
à prudencia e sensatez,
a fraqueza e a loucura
constroem longas teias.

São rainhas, aranhas, abelhas...
Não param,
fiam,
tecem,
trabalham.
Destroem cada vã esperança
numa vida sã.

E eu desço,
esqueço,
peso e padeço.
Peço,
desfaleço e, enfim,

desapareço.

7.11.14

Íntim[a]idade


DETRÁS DA PORTA

"E o que me importa
Se me escondo por detrás dessa porta
Se ao menos incomoda
É pelo qual o modo
Que tenho
Que se mantêm abstêmio
Até a provação que tenho
Tenho pois, para agora e pra
Depois
Eternizar esse leve alento."

João Jales, 07/04/2012


Lealdade,
talvez seja essa verdade
que poucos conhecem,
e outros tantos esquecem.
Certo dia me disseste:
Não se apresse,
e mesmo que confessem,
espreita!

Estás à tua própria direita
e ao redor mantém
quem te quer bem.
A máscara perfeita
é o espelho que oculta.
Assim, criativamente caótica,
tua tempestade renova,
quem parou de sonhar.

Tu, poeta dos bares,
alçará o voo que sonhares.~
Tu, político das ruas,
gritará a dor na carne crua.
Quando os dias forem maus, canta.
Diante do tempo, no entanto, não te cales.



Ao meu amigo Jales,
Paz e Bem.