12.4.20

Do monstro q sou

Aos versos perdidos nas insones madrugadas da maternidade

Quanto mal eu fiz?
O que fiz?
À quem feri ontem
e hoje, à distância
não me deixa dormir?

Sou má?!
Monstro Cilla dos gregos antigos

Fui fiel? Leal. Real.
Ideal? Impossível.
Do mal lembro a dor,
O sangue, o horror
na minha pele.

Se quem gemeu fui eu?!
Como pode?
Como vc pôde?
O q mais me dói é não lembrar

Sei q enfrentei
Vinguei Revidei
Temi a lei e esperei

11.1.20

Rumores de guerra

Ouvi uivos
Pareciam animais sedentos
Depois gritos, urros e por fim
bombas

Eram noites insones
Tremores
Louvores
Temores
Clamores

Pensei, como pude?!
Em tempos assim?
Quem, são de si,
ousaria parir?