23.4.12

Quem não joga, perde!

Um momento.

Construí na areia uma fortaleza pra me defender do amor. Mas se é amor as máscaras voam longe, junto com as mentiras que repito pra mim mesma diariamente. Algumas queixas, muitos apelos, sem mais teatro sou só amor e desejo. O desejo de que existisse alguma rotina na pele banhada de suor.

Um raro momento.

Sou ser sincera e não quero jogar com ninguém. Não quero manipular as coisas, muito menos ser manipulada para mostrar a quem quer que seja o que sinto.

Desejo guardado como choro 'engolido'. Tá ali. Não passa, não acaba. Só aumenta.


Um toque e o que é certo torna-se variável, maleável no mesmo instante em que eu me torno uma hipócrita.

O que é bom pra mim é ruim para todos os que me cercam, transbordo de palavras e não há com quem  eu possa falar sem ser condenada como uma 'traidora'. Por isso, evito, e me calo.

Quem dera fosse fácil. Enfrentaria tudo o que fosse preciso e aceitaria as consequências, mas não é assim que é, então só resta rir e agradecer pelas amizades cotidianas, aproveitar os raros momentos em que me é permitido amar ou, quem sabe torcer pra ser forte o suficiente da próxima vez.

Perder é o risco que se corre ao se amar alguém. No meu caso nem chegar a ter.

É um amor que sobrevive. Contra a minha vontade.

E, por mais que eu tente, Eros não se contenta em apenas ser.