Submeta-me

Deixa...

Submeta-me
à ti.
Num desejo feroz,
fugaz.

Submete-me
em ti.
Seja meu algoz,
voraz.

Submeti-me
assim...
A vontade crua
de ter teu corpo,
no meu.

Submeto-me
a mim.
Ao desejo meu
de fazer deste corpo,
teu.

Deixa vai...

SubmeTEMO-nos a sorte da entrega, do descanso. De nunca mais ser forte e deixar que corra manso. SubMETER sem fixar um Norte. Descer ao Sul do teu ventre pois assim como eu, tu sentes: Não há quem comporte o que lestes em mim. Na pele que te mostro que é ao Leste que encontras o Sudeste de nós dois.

Deixa e vai...

Vai, submeta-se... Porque de deixa em deixa te deixastes em minhas mãos e já não haverá queixa. Ausência, carência... Apenas uma gueixa sem danna, a te esperar na cama, entre versos e acordes. Vai e não te demores, que minha pele nua, sem o calor da tua, é só solidão.

Era esta minha deixa: Mexa-se! SubMETA-me a ti.