31.1.15

Tortuosidades


O enfado de poeta
prisioneira de um corpo falido.
Todo tédio da letra errante.
Guerras tantas

travadas na arena da incoerência de amante.
Dias inteiros perdidos
nos afazeres do medo.

Incompletudes várias de quem,
inutilmente, se procura no outro.
Absorto.
Passam ao largo dos caminhos sombreados, veredas.
Parecia fácil?
A fera, aos berros, ruge.
Eu estremeço.

Mereço o canto dos pássaros,
o voo incerto dos insetos,
a tarde nos parques,
onde deságuo o que transborda.

Sou poeta de campos abertos.

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