25.8.11

Aquele post...


"Socorro!
Alguém me dê um coração
Que esse já não bate
nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena,
qualquer coisa!
Qualquer coisa que se sinta...
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva..."

Socorro



"Coisa de menino criado por vó..."
Vai saber.

Só sei de uma coisa: tem um sorriso que teima em não sair do meu rosto e fazia tanto tempo que eu não sorria...

Às vezes é necessário desenhar para que alguém entenda alguma coisa e quase sempre essa é a pior solução, se alguém não entende sequer as insinuações da paquera imagine se vai entender as peculiaridades e nuances que há em uma pessoa. Mas eu sou teimosa e teimo até conseguir o que quero, mesmo que nem seja o melhor pra mim...

Foi botar os olhos naquele sorriso largo, ouvir aquela gargalhada sem vergonha, a voz suave contando histórias malucas, que me encantei e dali à pouco eu já olhava descarada e diretamente nos olhos dele. Foi assim que eu em poucos meses de convivência estaria incrivelmente atraída por um ilustre desconhecido! Depois, foi como podia ser. Eu o encontrei algumas vezes, por aí, nada demais, até descobrir mais, saber das coisas que sente, e concluir que ele é mesmo tão interessante quanto pensei.

Nesse processo de me reencontrar, no qual o blog só me ajuda, sei o quanto cada nova sensação é importante, como cada registro desses e cada publicação me devolve a pessoa que fui um dia, tornando-me mulher a cada dia, a cada nova experiência.

Ao me divorciar sabia que paixão era coisa antiga, que há muito tempo não sentia, e como viver sem isso? Acreditei que, apesar de não conseguir me apaixonar mesmo por alguém, do ponto de vista prático, o que seria mais "prático" à fazer seria começar um relacionamento sem tantos arroubos assim. Mas como? Partindo de onde? Não havia NADA dentro de mim, então como me relacionar com alguém se eu era incapaz de sentir algo como confiança, por exemplo? Difícil tarefa...

O menino-criado-pela-vó é aspirante à poeta. E como são belos os poetas! Tenho uma queda por poetas, todo mundo sabe disso... Há muito tempo tenho procurado o meu Poeta, talvez um dia, talvez, quem sabe, talvez ele...

Mesmo "estando" com outra pessoa, sempre que eu o via era um encantamento misturado com ansiedade, a respiração não ajudava e por dentro: frio! Se eu pudesse, o pegaria pelas mãos e sairia... só voltaria muito tempo depois.

Doces ilusões, meninos-criados-por-vó, são meninos criados por vó... São meninos, mesmo assim, mergulhei de cabeça. E que doce mergulho... Como foi bom me sentir viva novamente, sentir carinho por alguém era algo do qual eu sentia muita falta, transbordante que sou, não consigo ficar assim sem nada dentro de mim!

Receber o carinho que ele quis me dar (e foi muito, viu?!) foi algo que fez com que eu me sentisse e mais mulher outra vez, ser tocada, com desejo, por alguém que eu admirava era a coisa mais afrodisíaca que já pude experimentar.

Noite maravilhosa, que manhã incrível!
Inclusive acho bom ir logo botando um limite para o número de "incríveis" que escrevo neste post, porque essa palavra insiste em ficar atrelada à ele.

Que pena esse blog não ser de conteúdo adulto, porque eu teria material para uns vinte posts. (rs)

Valeu à pena.
Despedidas, chuva sobre nossas cabeças, ele se foi. Todos ao meu redor estavam incomodados com a chuva.

E eu?
Eu sorria...





"Há uma inocência na admiração:
é a daquele a quem ainda
não passou pela cabeça
que também ele poderia
um dia ser admirado"
 Friedrich Nietzsche




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